Entrámos em 2006...
Fiz algumas promessas entre as passas e o champanhe, no entusiasmo do ano que se foi...
Embalada por palmas e risos prometo amar o próximo, dar mais atenção aos amigos e estar sempre ao lado da família.
Do alto das minhas sandálias douradas rodopio a elegância do meu vestido branco prometo dançar a vida no ritmo da alegria contagiante.
Na roda de amigos, brincando a amizade no carrossel dos sentimentos puros de partilha, prometo a fraternidade verdadeira.
No meu trabalho, sem vermelho na folhinha, cumpro a minha obrigação agradecida e prometo trabalhar com satisfação e dedicação.
No colo da minha família, trocando mimos de convivência prometo ser fiel à graça de ter um lar.
Assistindo da janela da minha solidão, prometo valorizar o que tenho, acompanhada de mim.
No mais, prometo outra vez começar a dieta adiada, levantar-me da cadeira do sedentarismo, ler os livros que não li, ouvir os CDs relegados pra depois, fazer as visitas que não fiz, ver os filmes adiados, levar adiante aquele projeto sensacional, ser mais tolerante com as pessoas, aceitar os infortúnios corajosa, repetindo a lista de intenções, todo ano tudo igual.
Quem sabe, prometia também não me consumir tanto com a mesmice das trapalhadas de governos, tampouco com o tudo-de-ruim que a bocarra da mídia anuncia sem parar. Agora 2006, envergo a túnica branca da poesia, enfeito meus cabelos com uma coroa trançada com flores colhidas nas minhas rimas e versos, e selo no amor, os votos que sei, vou cumprir.
Hei-de:
Continuar meu caso de amor com a natureza bendizendo o sol que doura o mundo e os sonhos de sonhar.
Molhar-me com as águas do céu e lavar-me das tristezas do tentar não ser feliz. Apanhar estrelas na noite, tecer amanhãs com seus brilhos e partilhar meus tesouros. Banhar-me nas cascatas da lua, gangorrar nas nuvens, brincar com o mar, perder-me no verde das árvores, bater palmas para o canto dos passarinhos, bendizer flores molhadas com os beijos de orvalho e cantar a alvorada com louvação de esperança.
Abraçada com o Ano Novo faço coro com ele:
Viva intensamente, em 2006!
Dizem que havia um cego sentado na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: "Por favor, ajude-me, sou cego".
Um publicitário, da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.
Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas.
O cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu o seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali..
O publicitário respondeu: "Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras". Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube, mas seu novo cartaz dizia: "Hoje é Primavera em Paris, e eu não posso vê-la".
Mudar a estratégia quando nada nos acontece... pode trazer novas perspectivas.
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios... Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida... Antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos..." ( Charles Chaplin)
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